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COVID-19: Por que a vacina é o melhor caminho?

  Até março de 2021, apenas 6,8% da população brasileira havia sido vacinada contra a Covid-19, de acordo com o CoronavirusBot, que compila dados das secretarias estaduais de Saúde. A falta de uma política de imunização por parte do governo e o atraso no início da compra das vacinas deixou o Brasil na 57º posição no ranking proporcional de vacinação (a cada 100 habitantes). Em meio a segunda onda, o país já ultrapassou 300 mil mortes pelo novo coronavírus, e profissionais da saúde garantem: a vacina é o melhor caminho.

 

  Há mais de um ano, foi confirmado o primeiro caso de Covid-19 no Brasil. A Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) assolou a China no início dos anos 2000, causada por um coronavírus SARS-CoV-1, mas conseguiu ser contida. No fim de 2019, surgiu em Wuhan, na China, a SARS-CoV-2, o vírus causador da Covid-19, que rapidamente se espalhou no mundo todo.

 

  As primeiras pessoas infectadas pelo novo coronavírus estiveram no mesmo mercado popular de Wuhan, que vendia animais selvagens vivos, como morcegos e cobras. A teoria mais aceita é de que esses animais estavam com o vírus e transmitiram para as pessoas. Essa hipótese é considerada porque os coronavírus afetam principalmente animais, existindo mais de 40 tipos diferentes desse vírus identificados em animais e 7 em humanos.

 

  Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre os casos de pneumonia que estavam aumentando expressivamente em Wuhan. No dia 9 de janeiro, foi confirmado que essa pneumonia era causada pelo coronavírus e também foi registrada a primeira morte pelo novo vírus. Em poucos dias, a Covid-19 alcançou outros países da Ásia, sendo transmitido de pessoa a pessoa. Ainda em janeiro, o vírus já tinha chegado na América do Norte e no dia 30 do mesmo mês, a OMS declarou estado de emergência global. 

 

  Desde então, países do mundo todo reuniram esforços para desenvolver o mais rápido possível uma vacina contra a Covid-19. Hoje, várias vacinas já foram desenvolvidas e estão sendo aplicadas em todo o globo, como a Pfizer, Moderna, Sputnik V, AstraZeneca/Oxford e Coronavac. Os impactos negativos em diversas esferas da sociedade fizeram as vacinas serem produzidas em tempo recorde. Iniciativas públicas e privadas investiram nas pesquisas, além de serem produzidos milhares de estudos científicos que contribuíram para compreender melhor o vírus.

 

  Edson Queiroz é professor do departamento de Patologia e Medicina Legal, da Universidade Federal do Ceará (UFC), e afirma que a vacina sempre foi o melhor recurso para conter a pandemia. “Isso não é uma questão de opinião, isso a gente já sabia por outras pandemias que aconteceram, por outras patologias infecciosas que foram controladas não por medicamentos, mas por vacinas, e já há evidências em alguns países que iniciaram a vacinação precocemente de que essa é única saída que vai fazer a vida voltar próximo ao que a gente conhecia como normal”, disse ele.

 

  Os imunizantes contra a Covid-19 foram produzidos em tempo recorde, mas isso não significa que essas vacinas não são confiáveis, pois elas são submetidas a ensaios clínicos rigorosos e mesmo após sua aprovação e uso, continuam sendo avaliadas pelos cientistas e órgãos governamentais para garantir a segurança da população. “As vacinas, como qualquer medicamento, passam por um rigoroso processo de aprovação nas agências de vigilância. Toda e qualquer vacina que for aprovada no Brasil pela Anvisa terá uma eficácia mínima e deve ser utilizada”, diz o professor Edson.

 

  Ele também explica que, embora as vacinas sejam produzidas por diversas empresas e apresentem dados de pesquisas e porcentagem de eficácia diferentes, a população não deve se preocupar em qual vacina tomar. A Organização da Saúde Mundial (OMS) determina que as vacinas contra a Covid-19 tenham eficácia mínima de 50% para obter a aprovação, e os imunizantes que estão sendo aplicados no Brasil, CoronaVac e AstraZeneca/Oxford, preenchem esse requisito. “Escolher vacina em um momento como a pandemia é uma bobagem. O mais importante agora é que tenhamos o maior número de pessoas vacinadas independente de qual vacina”, disse o professor.

 

  Mesmo após receber a vacina, é necessário manter os cuidados:  manter o distanciamento, usar máscara e higienizar as mãos e superfícies frequentemente. As medidas são necessárias porque com poucas pessoas vacinadas ainda há circulação do vírus. Ana Rosa Soares, tem 79 anos e já recebeu as duas doses da vacina, e tem tomado as devidas precauções. “Eu tenho tomado todos os cuidados porque tenho que prevenir as outras pessoas que não foram vacinadas e também para prevenir minha família que está em casa”, disse ela.

 

  Apesar da eficácia das vacinas, as novas variantes do coronavírus têm gerado preocupações e a cada dia o Brasil tem batido recorde de mortes pela Covid-19. O Governo Federal e dos Estados precisam agir rapidamente e se unir para adquirir as vacinas urgentemente, para assim frear a contaminação. Como tem informado os profissionais da saúde desde o início, a vacina é o melhor caminho para pôr um fim na pandemia.

Eficácia das vacinas
Vacinas são necessárias
Como as vacinas são testadas
A Importância da Vacina

  O Brasil está em quarto lugar entre os países com mais aplicações de doses (referentes tanto a primeira quanto a segunda dose) contabilizando mais de 24 milhões de doses já aplicadas. Os Estados Unidos lideram o ranking com mais de 165 milhôes de doses.

* Áudios cedidos pela União Pró-Vacina, Disponíveis em: https://www.todospelasvacinas.info/materiais/vídeos-e-áudios

Para ter acesso a mais dados sobre a vacinação contra o coronavírus no Brasil e no mundo siga para a próxima parte:

Dados

A vacinação contra covid-19 no Brasil e no mundo.

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